InícioRIO DE JANEIROUerj faz doação de álcool glicerinado para comunidade do Complexo da Maré

Uerj faz doação de álcool glicerinado para comunidade do Complexo da Maré


.

Uerj faz doação de álcool glicerinado para comunidade do Complexo da Maré

23 de agosto de 2020

A universidade de mãos dadas com o conhecimento e com a sociedade. Foi pensando nisso que a Uerj realizou, nesta semana, a primeira doação de álcool glicerinado produzido nos laboratórios do Instituto de Química (IQ) com o objetivo de suprir as necessidades de comunidades carentes: os primeiros beneficiados foram os moradores do Complexo da Maré, na zona norte da cidade, que receberam 400 frascos deste produto tão essencial à higiene, em tempos de combate ao coronavírus.

No início da pandemia, o IQ começou a produzir álcool 70% e álcool glicerinado para atender à demanda do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Policlínica Piquet Carneiro (PPC) e de setores que precisam manter o serviço presencial. Mas a produção cresceu, ganhou a colaboração de alunos, técnicos e professores voluntários, e agora começa a chegar aos moradores de comunidades do Rio de Janeiro. Outros 400 frascos estão sendo produzidos e também já têm destino certo: a Mangueira, vizinha ao campus principal da Universidade.

Para a pró-reitora de Extensão e Cultura da Uerj, Cláudia Gonçalves de Lima, a oportunidade de ajudar pessoas que se encontram em condição de vulnerabilidade social é motivo de orgulho para a Universidade.

– Já vínhamos produzindo álcool para as nossas unidades de saúde. A partir de agora, ele chega também às comunidades e isso é muito bom. É a ciência, o conhecimento saindo de seus muros e alcançando quem mais precisa – falou a pró-reitora.

Pâmela Carvalho, coordenadora da ONG Redes da Maré, recebeu as caixas com o álcool glicerinado e agradeceu a parceria.

– É muito importante quando a universidade se conecta à sociedade e entende que é possível a gente trocar conhecimento, saberes, práticas e se apoiar em um momento tão difícil como esse que estamos vivendo – disse Pâmela.

Segundo Jefferson Santos de Gois, professor do IQ e coordenador do projeto em parceria com o diretor Alexsandro Araújo, a doação do álcool para essas comunidades é ainda mais relevante neste momento, pois, com a flexibilização, os moradores vão com maior frequência para a rua.

– As pessoas estão voltando a trabalhar, enfrentando transporte público, se expondo. Ficamos muito felizes em poder ampliar a produção e levar esse álcool a quem tanto precisa. E a ideia é que possamos arrecadar mais frascos e assim manter a regularidade das doações às comunidades – afirmou o coordenador.

Força-tarefa

Para realizar o projeto, o IQ conta com recursos da Uerj e doação de materiais, vasilhames e insumos feita por empresas e pessoas físicas.

Até o momento, foram produzidos para consumo interno mais de 3.500 litros de álcool. Segundo o diretor do Instituto de Química, Alexsandro Araújo, ao longo do trabalho surgiu a ideia de ampliar a produção para ajudar comunidades do Rio de Janeiro.

– O álcool glicerinado é ideal para a desinfecção das mãos porque é menos volátil, permanece mais tempo na pele e contém emolientes que hidratam, evitando o ressecamento das mãos. Além disso, é até mais seguro. Para fins de doação, estamos produzindo só o glicerinado e em frascos pequenos, de 100 ou 200 ml – explicou Araújo.

Outros setores da Universidade também colaboraram para que a doação de álcool virasse realidade: equipes do projeto de extensão Standupet/Faculdade de Oceanografia, da Prefeitura dos Campi e da Gráfica ajudaram, participando da impressão de etiquetas, rotulagem, envasamento dos frascos e do contato com as comunidades.

– A pandemia afetou a todos mas, com certeza, os menos assistidos muitas vezes não têm nem o básico para se proteger – afirmou, orgulhoso.

Como ajudar

Doe frascos de 100 ml ou 200 ml (borrifadores, dispensadores ou dosadores), que serão usados para distribuição do álcool às comunidades. Os recipientes devem ser entregues no campus Maracanã da Uerj, na portaria do Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha (Haroldinho), das 9h às 17h, aos cuidados do professor Jefferson Gois.

Fonte: Governo RJ

Últimas Notícias

MAIS LIDAS DA SEMANA