InícioRIO DE JANEIROHistórias da Serra: mulheres se destacam na reconstrução da região

Histórias da Serra: mulheres se destacam na reconstrução da região


Histórias da Serra: mulheres se destacam na reconstrução da região

12 de janeiro de 2021

A técnica em agropecuária Pâmela Aparecida da Costa Silva, de 28 anos, viu a família perder a lavoura, em Nova Friburgo, com a chuva que assolou a região há 10 anos. Na época, ela tinha 18 anos e morava com os pais. Diante de tantas perdas, Pâmela, que havia terminado o curso de Técnica Agrícola, decidiu participar do movimento de reconstrução da economia local. A jovem fez parte da equipe de gestão do Rio Rural Emergencial, programa do Governo do Estado liderado pela Emater.

–  Após essa catástrofe, muitos perderam a capacidade de produção. Foi então que a Emater contratou mão de obra técnica para atuar no programa Rio Rural, e eu fui uma das pessoas contratadas. A iniciativa feminina trouxe uma nova perspectiva para as propriedades, a mulher passou a ser a maioria nessas ações – destacou Pâmela, que ajudou a fazer o levantamento das perdas, prestou assistência às famílias que perderam plantações e casas e participou de vários projetos de recuperação da cidade. Hoje, ela é presidente do Conselho dos Dirigentes das Organizações Rurais de Nova Friburgo (ConRural).

A produtora rural Margarete Satsumi (foto) também sofreu o impacto das enchentes na Região Serrana. O sítio da família ficou alagado por mais de dois meses, após uma tromba d’água. O acesso para Nova Friburgo foi bloqueado devido a um deslizamento por mais de uma semana e, pelo mesmo período, seus parentes ficaram sem água potável, recolhendo água da chuva para beber, cozinhar e tomar banho. Ela perdeu toda a plantação de hortaliças japonesas que fornecia para restaurantes e mercados da capital.

– O programa Rio Rural veio em um momento muito importante, nós conseguimos sementes, carrinho de mão, pá, entre outros itens fundamentais que possibilitaram o nosso recomeço – ressaltou Margarete.

  

No ano da tragédia, Margarete enviou os três filhos para a casa de parentes e buscou trabalhos temporários para complementar a renda familiar. Para reconstruir a propriedade, ela o marido Lyndon Johnson Ferreira procuraram auxílio de todos os órgãos que estavam oferecendo ajuda. Passaram a frequentar as reuniões da Emater para entender como pensar estratégias e aprender técnicas para recuperar seu negócio e refazer a vida econômica da família.

O programa Rio Rural Emergencial foi criado especificamente para ajudar nos impactos da tragédia. Cerca de R$ 14 milhões foram investidos em subprojetos de recuperação produtiva, beneficiando 1.911 produtores. Trinta e duas associações de produtores foram contempladas em seis municípios com micropatrulhas de conservação do solo. Houve investimentos em ações de apoio à infraestrutura, produção, comercialização e capacitação. Quarenta pontes também foram restauradas.

Fonte: Governo RJ

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