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Conheça histórias de pais que atuam na linha de frente contra o coronavírus


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 A pandemia do coronavírus impactou a vida de todas as pessoas. Desde que foram adotadas as primeiras medidas de proteção contra a covid-19, o álcool gel, as máscaras e principalmente o distanciamento social passou a fazer parte da rotina dos cidadãos. Para os trabalhadores da área da saúde, os impactos foram ainda maiores, especialmente naqueles que atuam na linha de frente.

Formando uma verdadeira rede de heróis, esses profissionais viram mudar a forma de se relacionar com a família para preservar a saúde daqueles que os esperavam em casa. Neste Dia dos Pais, ouvimos a história de dois pais que atuam na rede municipal de saúde de São Paulo e eles contaram como tiveram a rotina com os filhos alterada pela pandemia.

Francisco Eristone Souza dos Santos, 43 anos, três filhos
Condutor do SAMU

“Durante a pandemia aumentaram os casos de vítimas com insuficiência respiratória e eu mesmo cheguei a pegar Covid. Foi difícil trazer a doença para dentro de casa, por mais que me cuidasse. Meu cuidei bastante e mesmo assim me contaminei. Chegava em casa e era muito triste porque meu filho queria ficar perto de mim e não podia, mesmo de máscara o tempo todo. Nos primeiros dias, logo que eu me contaminei, foi bastante difícil porque ele é muito apegado. Quando eu chegava ele queria abraçar, brincar, andar de moto, ficar perto de mim, e a gente teve que se manter um pouco distante. Eu tinha o hábito de chegar, tomar um banho, me trocar e brincar com ele. A minha outra filha (que não mora com o pai) vinha a cada 15 dias me visitar, mas ficou um tempo sem vir, quase um mês, mas todos os dias a gente se falava. E falava com meu filho mais velho pelo telefone. O mais difícil foi com o menor, que tem 3 anos e é bem apegado mesmo. A maior lição que ficou para mim disso tudo é dar mais valor para a família. A minha família já era muito unida se uniu mais ainda, a gente tenta ficar mais junto. Como eu sou uma pessoa muito família tento passar isso para os meus filhos.

Danilo de Oliveira, 37 anos, dois filhos
Enfermeiro na AMA/UBS Vila Barbosa

“Neste período de pandemia, a população se encontra mais vulnerável devido ao medo, e além de prestar o cuidado com humanização, acalmá-los e informar que iremos encontrar a melhor solução para seus problemas imediatamente tira o peso que carregam quando chegam procurando ajuda. A pandemia veio de uma maneira tão agressiva que até os profissionais de saúde, em âmbito mundial, se preocuparam. Mas conseguimos nos acalmar e acalmar nossos pacientes. A primeira coisa que faço quando chego em casa é tomar banho e não tocar em nada, preservando o cuidado com meus filhos. E passeios, que antes fazíamos muito, ou visitas a minha mãe já não fazemos mais. A importância de não se acomodar com a pandemia é força e cuidado para não se contaminar e não contaminar meus entes queridos. Foi marcante para mim quando minha filha chorou enquanto eu saía para trabalhar dizendo para eu não sair de casa, pois senão iria me contaminar. Voltei do elevador e a abracei, dizendo que muitas pessoas precisavam do cuidado do papai, mas que papai prometia que não iria se contaminar.

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