InícioPOLÍTICA SPVolta às aulas em Manaus contribui para segunda onda de Covid-19

Volta às aulas em Manaus contribui para segunda onda de Covid-19


Um estudo publicado em 17/4 pela revista Science, assinado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Lucas Ferrante, havia classificado os povos indígenas como grupo de risco e alertado para a necessidade de lockdown. A modelagem epidemiológica foi ignorada pelas autoridades, e Manaus foi a única cidade no mundo a ter de abrir valas comuns.

Em 7/8, dessa vez na Nature Medicine, Ferrante previu a segunda onda, que já se faz sentir no numero de internações e de mortes. “A imunidade de rebanho é uma falácia científica. Todos os lugares que reabriram sem terem realizado um isolamento rígido de 60 dias tiveram uma segunda onda”, explicou o cientista durante live com os parlamentares do PSOL Carlos Giannazi (deputado estadual) e Celso Giannazi (vereador), em 28/9.

Três coordenadores do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom) contribuíram com o debate. Helma Sampaio relatou que os trabalhadores foram excluídos da comissão que elaborou o protocolo para a volta às aulas do ensino médio, que aconteceu em 10/8. “Desde então, dos 5 mil docentes envolvidos, 4 mil foram testados e 2,5 mil tiveram resultado positivo”, afirmou Lambert Melo. Com base nesses dados e nas projeções dos cientistas, a categoria iniciou a “Greve em Defesa da Vida” em 29/9, data prevista para o retorno às aulas do ensino fundamental.

Por fim, Alessandra Sousa afirmou que o governo sabia de antemão que o número de professores infectados passaria dos 30%, como ocorreu na Saúde e na Segurança Pública. “Não é um número aceitável. A Educação não é linha de frente de combate à Covid.”

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