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Agosto Dourado: conscientização e incentivo ao aleitamento materno


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O mês de agosto é chamado Agosto Dourado, mês de conscientização sobre a importância da amamentação na vida dos bebês, que foi instituído no Brasil em 2017 pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com base na Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), criada em 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA). A cor dourada representa o padrão de ouro da qualidade do leite materno.

Em tramitação na Alesp, o Projeto de Lei 941/2017, da deputada Leci Brandão (PCdoB), torna obrigatória a instalação de salas de apoio à amamentação para extração e armazenagem de leite materno, destinadas para uso das servidoras e terceirizadas a serviço dos órgãos estatais durante o horário de expediente.”As salas de apoio a amamentação proporcionam, reflexamente, um menor afastamento das funcionárias, eis que os filhos amamentados adoecem menos”, justificou.

Segundo a consultora de amamentação, Camila Piveta, o leite materno é o único alimento que se adapta de acordo com a necessidade e crescimento do bebê: “O leite materno nunca perde o seu valor calórico pois se adapta ao crescimento do bebê, que quanto maior, mais calorias estarão presentes no leite”. E ressaltou que a amamentação traz benefícios além da nutrição:”É importante ressaltar que o processo de amamentar, promove o crescimento adequado das estruturas e do desenvolvimento do sistema estomatognático, fundamental para o bebê falar. Todo o desenvolvimento da face e da mandíbula, se inicia na amamentação”, destacou.

A recomendação da Organização Pan Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), é que a amamentação se inicie nos primeiros 60 minutos de vida do bebê, e

seja a única forma de alimentação até os seis meses de idade. Após esse período, outros alimentos poderão ser incluídos na dieta, entretanto, a amamentação deve fazer parte da rotina da criança até os dois anos de idade.

O processo de amamentação não traz benefícios somente à criança. A mãe que amamenta, tem menor perda de sangue no período pós parto e o risco de câncer, principalmente os hormonais, como o câncer de mama, de útero e de ovário, é reduzido. De acordo com a enfermeira e consultora de amamentação, Bruna Grazielle, isso se dá por conta dos hormônios liberados pela mulher. “Quando o bebê suga adequadamente, a mãe produz dois hormônios, a prolactina, que faz o peito produzir o leite, e a ocitocina que libera o leite a faz o útero se contrair”, explicou.

A importância da doação

De acordo com a nutricionista especialista em nutrição materno infantil, Mariana Perez, a doação do leite materno contribui com o desenvolvimento dos bebês prematuros ou que por qualquer outra condição estejam internados nas UTIs neonatais dos hospitais e não podem receber o alimento direto do seio da mãe. A profissional ainda explica que para doar não são necessárias grandes quantidades de leite. “Às vezes as mulheres acham que é preciso muito volume para fazer a doação, quando na verdade, um bebê prematuro, dependendo do tamanho e idade, precisa de apenas 1 ml por mamada. Então qualquer quantidade de leite em excesso, já é suficiente para ajudar outros bebês”, finalizou.

Na Alesp, o Projeto de Lei Complementar 59/2019, de autoria do deputado Major Meca (PSL), assegura um dia de afastamento imediato à servidora pública, civil ou militar do Estado que comprovar a doação de leite materno durante a licença maternidade. “Ao apresentar esse projeto, contemplando as servidoras públicas civis e militares do Estado de São Paulo com um dia de licença ao final da licença maternidade a intenção foi estimular o sentimento altruísta de todas as mulheres que, afortunadamente, tenham produção excedente de leite durante o aleitamento de seus filhos”, declarou. A proposta está em análise pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

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