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A saúde mental dos professores durante a pandemia


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Medo, ansiedade, tristeza. Se nos últimos 15 anos os transtornos mentais passaram a ser a principal causa de absenteísmo no magistério, hoje, com a imposição das aulas remotas, os professores têm de se cuidar mais do que nunca para manter o equilíbrio. E a cobrança cada vez maior das secretarias de educação e das diretorias de ensino não está ajudando, já que suas exigências ” burocráticas, desnecessárias e descabidas ” têm o único intuito de mascarar o fracasso das redes públicas em implantar o EaD.

O tema foi abordado em 4/6 por Carlos Giannazi e Celso Giannazi (respectivamente deputado estadual e vereador pelo PSOL) em live com as educadoras Naíme Andréa da Silva e Luz Marina Toledo e com a estudante de terapia ocupacional Gabriela Cavalcante.

“Estando em pandemia ou não, o caminho para a saúde mental do professor é a busca por uma “autoria educacional”, uma contraposição à pedagogia tecnicista e burocrática que é imposta aos docentes”, afirmou Naíme. E para que haja essa saudável decisão política, é preciso diálogo com a comunidade escolar “e uma certa desobediência civil”.

Para Luz, a patrulha ideológica ” que aumentou com a transmissão das aulas pela web ” transformou o professor em vilão. “Como nós nos constituímos pelo olhar do outro, isso interfere na autoestima e provoca sentimento de culpa”, disse, remetendo à psicanálise lacaniana.

Gabriela pontuou que, se os ataques à imagem do magistério são recentes, a desvalorização salarial vem de décadas. “O contexto de adoecimento e cura também varia conforme a classe social.”

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