O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, conquistou o Prêmio “Amigo do Meio Ambiente” (AMA), pelas iniciativas sustentáveis e socioambientais desenvolvidas na unidade.
Com capacitação dos colaboradores, a unidade hospitalar reduziu quase pela metade a produção de lixo infectante, material altamente prejudicial ao meio ambiente.
A premiação foi criada pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES/SP) para reconhecer o trabalho de prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o país.
A entrega do prêmio ocorre anualmente no Seminário Hospitais Sustentáveis (SHS), mas neste ano, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, foi realizado no formato digital, entre os dias 7 e 10 de dezembro.
Em 2019, os hospitais Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, e Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória (ES) também receberam o prêmio Amigo do Meio Ambiente.
Resultados – Denominado “Capacitar Para Mudar – Ações Educativas em um Hospital de Urgência e Emergência”, o projeto inscrito apresenta os resultados dos treinamentos oferecidos aos colaboradores, sobre o manejo correto do resíduo infectante, material hospitalar que mais contamina o meio ambiente.
Resíduo infectante é aquele que apresenta risco biológico, com possibilidade de contaminação com agentes biológicos, tais como: bactérias, fungos, vírus, microplasmas, príons, parasitas, linhagens celulares e toxinas.
“O incentivo que todos recebem, quanto à prática do desenvolvimento sustentável no Metropolitano é muito importante, pois planta a sementinha do cuidado com o meio ambiente, nos pacientes e na sociedade. Com isso, já podemos perceber grandes resultados”, enfatizou a analista de sustentabilidade do HMUE, Adriana Durans.
Dessa forma, após a criação do projeto, houve uma redução de quase 44% no número de resíduos infectantes na unidade. Em 2017, o hospital gerava 132 mil toneladas desse material. Já em 2019, após a criação do projeto, o Metropolitano reduziu a produção de lixo infectante para 74 mil toneladas.
“Vale ressaltar que, além da queda na produção de resíduos infectantes, o Hospital Metropolitano economiza cerca de R$ 71 mil em cada ano com a iniciativa. Isso possibilita mais investimentos nas áreas assistenciais”, explicou o diretor de apoio, Alisson Gomes.
Para o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, a ação desenvolvida pelo Hospital Metropolitano demonstra que com medidas simples e engajamento dos profissionais é possível reduzir custos e otimizar recursos do SUS. “Parabenizo o Metropolitano e espero que o Pará seja contemplado com novas iniciativas como essa, que tragam resultados positivos tanto para a Saúde como para e meio ambiente”, disse o titular da Sespa.
Após análise dos dados, o coordenador do evento e arquiteto da Divisão de Meio Ambiente do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), Vital Ribeiro, anunciou o Metropolitano como um dos 15 hospitais no Brasil “Amigo do Meio Ambiente”.
“O Hospital Metropolitano fez um trabalho interessante de redução de resíduo, combinando a reciclagem, recuperação de área do entorno e o envolvimento da comunidade”, explicou Vital Ribeiro. “Em nome de toda a comissão do Projeto Hospitais Saudáveis, quero parabenizar o hospital pela participação e pelo resultado”, concluiu.
Pacto Global – Só neste ano, o Hospital Metropolitano soma dois prêmios de âmbito ambiental e de alcance nacional. No dia 9 de setembro, o HMUE entrou mais uma vez para a seleta lista dos signatários que integram o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o diretor operacional da Pró-Saúde no Pará, Rogério Kuntz, este ano está sendo especial, pois os conhecimentos adquiridos pelo Hospital Metropolitano são um resgate dos valores éticos das relações mundiais.
“Além de sermos reconhecidos pela excelência no atendimento, destacamos as ações de preservação ambiental, respeitando as pessoas e também no uso racional dos recursos financeiros, um dos pilares da sustentabilidade”, comemorou.
