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Com reabertura, Detran-DF intensifica fiscalização e ações educativas


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Com a reabertura das atividades comerciais no Distrito Federal, também estão de volta, intensivamente, as ações educativas e de fiscalização do Departamento de Trânsito (Detran-DF). Aliás, os serviços convencionais do órgão já estão em curso de fato novamente desde a semana passada, em diversos pontos do DF, na esteira da desaceleração dos casos de transmissão de Covid-19.

Hoje (quarta, 22) mesmo, por exemplo, a campanha teve início no Recanto das Emas, pela manhã, e segue até sábado (25) com um grande força-tarefa educativa na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, entre o Conic e o Conjunto Nacional. Será celebrado na ocasião, por sinal, o Dia Nacional do Motorista.

“O que ainda está segurando o volume de carros e ônibus nas ruas de Brasília são o teletrabalho e as escolas. Quando isso normalizar, o fluxo de veículos vai aumentar absurdamente”Jean Lima, presidente da Codeplan

Para o diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia, a instituição é muito mais do que um órgão de penalização. “Nossa gestão é norteada por três pilares: inovação, humanização e educação. Sendo que este último, sem dúvida, é o mais importante. Mais do que punir, tempos a missão de conscientizar”, explica Maia, procurador do DF desde 1999. “Por isso, vamos investir pesado em ações e em campanhas educativas”, antecipa.

De fato, há uma vasta agenda de ações para os próximos dias. Além do Recanto das Emas e do Plano Piloto, ao longo da semana o departamento irá montar, em cidades como Taguatinga e Planaltina, uma série de blitze educativas com o objetivo de alertar os condutores sobre a importância de um trânsito mais seguro. Mas também haverá espaço para homenagear os motoristas responsáveis – que, por sinal, são abundantes em Brasília.

Foto: Divulgação | Detran
| Foto: Detran-DF

De acordo com números da Gerência de Estatística de Acidentes de Trânsito relativos a 2002, desde a criação da Lei Seca, em junho de 2008, só no DF as mortes caíram – de 500 para 220 óbitos, em relação aos dados de 2019. Ou seja, uma redução de 56%. Em 2018, por exemplo, segundo a pesquisa do Detran-DF, 158 pessoas morreram nas ruas da cidade, 19 a mais do que em 2019 (139 casos).

“Quando se fala em Detran, o que vem à mente é o carro, mas temos um olhar mais humano da situação, nosso compromisso maior é com o cidadão, com suas vidas”, reforça Zélio Maia, que pretende apresentar, dentro de um mês, algumas novidades para pedestres e condutores da cidade.

Por exemplo, sinalizações horizontais de trânsito, com adesivos colados em vários pontos do DF. São 500 peças espalhadas pelas ruas das 33 regiões administrativas, com alertas como a proximidade das faixas de pedestre. Outra novidade é a disponibilização de um aplicativo para que usuários dos serviços do Detran possam resolver suas demandas na palma da mão, com um simples clique na tela de dispositivos como celular e tablet.

“Um dos tripés da nossa atuação nessa gestão é a inovação, ou seja, a modernização dos serviços do Detran, agilizando a vida dos usuários”, acrescenta Zélio Maia.

Educação é a melhor direção

Um dos servidores do Detran-DF diretamente envolvidos na criação da legislação que protege pedestres na faixa de trânsito – a Lei n° 9.503, de abril de 1997, uma referência nacional -, o atual diretor da Escola de Educação no Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja, fala com paixão quando o assunto é conscientizar pedestres e condutores de veículos.

“A educação é a melhor direção. Se a pessoa não conhece, não participa, ela não se envolve”, ensina.

Com a reabertura de bares e restaurantes, o Detran-DF volta a fazer um trabalho intenso nos estabelecimentos. Uma das atividades tem caráter lúdico: autorizado por proprietários de estabelecimentos comerciais, um grupo de servidores da corporação vez ou outra organiza pequenos esquetes de teatro, demostrando a situação de risco a que se submete quem dirige após beber.

“Essa parceria com os donos de bares, no sentido de poder levar ações educativas, agregou valor ao nosso trabalho de conscientização”, avalia Granja. “Tinha época que os proprietários não queriam ver o Detran dentro dos seus espaços, porque poderia inibir os clientes. Agora é o contrário, a ação educativa os sensibilizou”, festeja.

Segundo números da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o fluxo de veículos pelas ruas do DF ainda está longe do normal, com 79% de carros e cerca de 40% de ônibus circulando pelas vias da cidade. Mesmo assim os trabalhos de ação educativa e de fiscalização do Detran-DF continuaram em ritmo acelerado.

“Não existe um trabalho de educação, sem a fiscalização e sem a engenharia. Essa integração é que garante essa segurança no trânsito. Temos esse trabalho conjugado. Temos as ações educativas, mas depois fazemos a fiscalização”, pondera Marcelo Granja.

Retorno conturbado

Os números da recente ação de fiscalização do Detran realizada na primeira semana, após a abertura das atividades comerciais no DF, mostram que os agentes da instituição devem estar sempre alerta com relação aos infratores. Batizada de “Operação Osíris”, numa alusão ao deus da agricultura e da cerveja na mitologia egípcia, a força-tarefa, que contou com o apoio da Polícia Militar e aconteceu próximo a bares e restaurantes de Santa Maria e da Asa Sul, trouxe números contundentes.

Ao todo, foram flagrados, segundo informações do Detran-DF, 12 condutores dirigindo após o consumo de bebida alcoólica, cinco sem carteiras de motoristas e quatro com o documento vencido. Cerca de 15 veículos foram removidos para os depósitos.

“O foco é levar conscientização sobre os riscos da mistura álcool e trânsito, mas se infringir a lei será punido”, diz, pragmático, Granja. “A educação existe e precisa, mas é preciso a fiscalização também, resume.

Fonte: Governo DF

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