InícioDISTRITO FEDERALCartilha busca conscientizar população sobre uso de expressões racistas

Cartilha busca conscientizar população sobre uso de expressões racistas


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Você já falou ou escutou as frases “amanhã é dia de branco” ou “aquela mulher tem a cor do pecado”, por exemplo? Essas e muitas outras expressões presentes no vocabulário dos brasileiros são racistas e têm origens no período colonial. Para informar e conscientizar a população do Distrito Federal a não utilizar termos preconceituosos, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), responsável pelas políticas de promoção da igualdade racial e de direitos humanos no DF, lança, nesta quarta-feira (24), a cartilha “O racismo por trás das palavras”.

O documento está disponível em versão digital e reforça a campanha do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que contou com a parceria da Sejus. O texto traz 27 expressões racistas, com informações sobre suas origens, conceitos e opções de sinônimo.

O material, segundo a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, será mais um instrumento na luta contra o preconceito e a discriminação racial. Ela lembrou que a maior parte dos brasileiros reproduz essas frases sem saber de seus reais significados, contribuindo, mesmo que sem a intenção, para a manutenção do racismo no país. “É importante alertar as pessoas de que esse tipo de linguagem está relacionado com o processo de desqualificação dos negros e reforçam no inconsciente coletivo da sociedade a relação preconceituosa entre negritude e negatividade”, afirmou Passamani.

Desigualdades

Os negros são maioria no Distrito Federal, representam 57,6% da população. No entanto, a desigualdade entre negros e não negros ainda é grande. Pesquisas da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) mostram que os negros recebem em média 39,4% menos do que os não negros e 63,9% da população negra está concentrada nas Regiões Administrativas com menor renda domiciliar, como Fercal e Estrutural.

Mais direitos

Em relação às políticas, um dos mais recentes avanços neste tema foi a criação, nesta quarta-feira (24), das cotas raciais nas vagas de estágio oferecidas nos órgãos públicos do DF. Os estudantes negros terão direito a 20% das oportunidades. Ano passado, foi sancionada a lei que garante 20% das vagas para os candidatos que se declararem pretos e pardos. Outra iniciativa da Sejus é Feira de Empreendedorismo Étnico Racial, que estimula e fortalece o trabalho das pessoas negras que decidiram ter o próprio negócio.

*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

 

 

Fonte: Governo DF

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